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Fernando Bonini



País de nascimento: Brasil
17 de setembro de 1955
8 de outubro de 2005

Lista de revistas com trabalhos de Fernando Bonini
Veja lista detalhada dos trabalhos


Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, Fernando Antônio Bonini da Silva se tornou conhecido como um dos principais desenhistas de “Urtigão” e “Zé Carioca”. Costumava assinar como “Sil” suas histórias infanto-juvenis.

Bonini começo sua carreira em 1971, aos 15 anos, na RGE, como assistente de arte, onde Primaggio Mantovi era seu mentor, orientando-o em desenhos de “Recruta Zero” e “Sacarrolha” (Bonini também foi roteirista neste último).

No ano seguinte, foi para São Paulo com Primaggio, onde, na editora Abril, fizeram “Sacarrolha”. Logo, Bonini começou a desenhar HQs Disney. A primeira, segundo ele próprio, foi “Professor Pardal”.

Em 1976 Bonini voltou para a RGE e, a partir de 1977, se tornou um dos principais desenhistas de “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, tendo como assistente nas primeiras HQs, o então jovem Gustavo Machado. Em agosto de 1979, a revista do “Sítio” chegou ao n° 28, o último da fase, e a equipe da revista recebeu uma notícia que desagradou a todos. A diretoria da empresa decidiu reformular os personagens e o estilo gráfico do título. Tal reformulação foi feita por um ilustrador de fora, contratado apenas para isso. Os artistas da casa se sentiram desprestigiados e muitos pediram demissão ou foram trabalhar como “free lancer”. Só a Grafipar, editora que acabara de surgir em Curitiba publicando HQs nacionais levou três: Bonini, Gustavo Machado e Itamar Gonçalves.

Além da Grafipar, Bonini trabalhou também para a Vecchi, onde desenhou diversas histórias de terror e humor negro, entre elas “A namorada do Julinho”, que virou filme pela Lemúria Filmes. No início dos anos 80, foi um dos desenhistas que aceitaram a proposta de trabalho do editor Claudio Seto: mudar para Curitiba para trabalhar na editora de lá, a Grafipar.

Com a decadência das HQs de terror e erotismo, além do fim da Grafipar, Bonini foi desenhar “Os Trapalhões” para a Bloch (editora onde ele teve uma rápida passagem, em meados dos anos 70, e saiu por não suportar o ambiente) e, enfim, foi recontratado pela Abril em 1989. Permaneceu lá até 1998, quando o vício do álcool falou mais alto e Bonini largou tudo e se tornou alcóolatra, chegando a virar sem-teto.

Morreu de infarto fulminante, num sábado, dormindo em Valinhos, localidade que residia nos últimos anos, no interior do estado de São Paulo. Nos últimos dias de vida, morava de forma humilde em uma pensão.


Fernando Bonini

Personagens criados por Fernando Bonini (2)


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