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Alberto Breccia



País de nascimento: Uruguai
15 de abril de 1919
10 de novembro de 1993

Lista de revistas com trabalhos de Alberto Breccia
Veja lista detalhada dos trabalhos


Alberto Breccia nasceu no Uruguai, mas mudou-se para Buenos Aires quando tinha três anos de idade. Aos 17 anos, já ilustrava diversas magazines portenhas. Contratado pela editoria Lainez, criou “Kid del Rio Grande”, “V, o Justiceiro” e “Mariquita Terremoto” para as revistas “Tit-Bits”, “El Gorrion” e “Rataplan”.

Breccia deixou a Lainez em 1945 e se tornou freelance. Criou “Puno Blanco” em “La Razon” (com roteiro de Issel Ferrazzano). Seguiu-se “Gentleman Jim” em “Bicheo Feo” e “Jean de la Martinica” e “Clube de Aventureros” em “Patoruzito”. Colaborou ainda com a série “Vito Nervio” de Cortinas. Também ilustrou “Sancho Lopez”, da revista de mesmo nome.

Em 1957, Breccia conheceu o roteirista Héctor German Oesterheld, tornando-se então integrante do “Grupo de Veneza", uma confraria de artistas (que incluía Hugo Pratt, Ivo Pavone, Horacio Lala, Mario Faustinelli e Alberto Ongaro) que publicava na Frontiera Editorial de Oesterheld. Com roteiros de Oesterheld, Breccia ilustrou vários episódios de “Ernie Pike”, além de criar as séries “Sherlock Time” em “Hora Cero Extra” e “Dr. Morgue” em “Frontera Extra”.

Nos anos 60 Breccia começou a colaborar para editoras estrangeiras através da agência espanhola Bardon. Para a britânica Fleetway, por exemplo, desenhou episódios de “Espião 13” e “John Steele” (ambos do selo Thriller Picture Library) e “Nevada Kid (“Kit Carson) — este último do selo Cowboy Picture Library. Breccia também colaborou com a historieta “Lone Rider” e com o selo Wild West Picture Library.

Em 1962, Breccia e Oesterheld criaram “Mort Cinder”, considerado o melhor trabalho do desenhista. Após um breve período afastado dos quadrinhos, Breccia voltou em 1968, agora mais assumidamente comunista. Junto de seu filho, Enrique Breccia, desenhou os roteiros que Oesterheld fez para asbiografias de Che Guevara e Eva Perón. Em 1969 Breccia desenhou a versão revisada de “O Eternauta” de Oesterheld, na revista “Gente”.

Nos anos 70, Breccia ficou bem popular na Europa: contribuiu para revistas como “Linus”, “Alter Alter”, “Il Mago” e “Linus” na Italia, “Zeppelin”, “Troya”, “El Globo” e “Totem” na Espanha, assim como “Métal Hurlant”, “Charlie”, “Phénix” e “B.D.” na França.

Em 1984, junto com o roteirista Juan Sasturain, criou “Perramus”.

Breccia se tornou não apenas um desenhista de grande influência nos quadrinhos mundiais, mas também um estudioso do veículo. Era um observador como poucos. Foi Breccia quem lançou a tese , por exemplo, de que o “Flash Gordon” de Raymond não é exatamente quadrinhos, mas um balé. É que as cenas são tão bem construídas, as poses dos personagens tão bem estudadas, tão pouco espontâneas ou naturais, que aquilo seria mais um “croqui” de um balé e menos uma HQ. Breccia transmitiu seu talento para os filhos, Cristina Breccia, Enrique Breccia e Patricia Breccia, todos artistas como o pai.


Alberto Breccia

Personagens criados por Alberto Breccia (2)


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