Vertigo: Além do Limiar


Mulher-Maravilha



Nome: Diana Prince
Nome original: Wonder Woman
Licenciador: DC Comics
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Harry George Peter - ‘H. G. Peter’, William Moulton Marston - ‘Charles Moulton’

Lista de revistas com participação de Mulher-Maravilha

    Primeira aparição no:
  • País de origem
    All-Star Comics (1940)  n° 8 - DC Comics
  • Brasil
    S.O.S.  n° 2 - Orbis
Criada por um cientista feminista excêntrico (Marston, o criador do detector de mentiras), a Mulher-Maravilha é Diana, filha da rainha Hipólita, soberana da misteriosa Ilha Paraíso, habitada só por mulheres imortais. Como as Amazonas não podiam ter relações com homens, a deusa Afrodite deu vida à estatueta de barro de uma criança, esculpida por Hipólita.

Disfarçando-se com uma máscara, Diana participou de um torneio criado por sua mãe para escolher a amazona que iria deixar a Ilha para combater o nazismo no mundo dos homens. Para tal, ele se valia de seus incríveis poderes (como força e velocidade), braceletes que a protegiam de balas e um avião invisível incrementado. Nos Estados Unidos, assumiu a identidade de Diana Prince e aliou-se ao coronel Steve Trevor, que não sabia de sua dupla identidade.

A heroína ficou popular entre os leitores e foi uma das poucas HQs de super-heróis que sobreviveu nas bancas quando a Guerra acabou. Mas, com a morte de Marston, em 1947, a historieta começou a perder suas características, sumindo as insinuações sexuais e pasteurizado-se, tornando-se, na década seguinte, quase um gibi de romance dirigido a garotas.

Em 1967, o produtor William Dozier (de “Batman”) tentou lançar uma versão para TV pela Greenway Productions, “Who's afraid of Diana Prince?”. Estrelada por Linda Harrison como Mulher-Maravilha e Ellie Wood Walker como Diana, o projeto foi cancelado, só com algumas cenas filmadas. No ano seguinte, a DC veio com uma reformulação radical, tirando os poderes e os uniformes da moça, dando-lhe um visual “mod-londrino”. Mas a versão moderninha não durou muito e, tempos depois, o formato anterior foi retomado.

Em 1974 foi feita outra tentativa de levar a Mulher-Maravilha para a TV, pela ABC, agora com Cathy Lee Crosby e Ricardo Montalban como vilão. Mas essa Mulher-Maravilha loura, vestida com uma macacão e no estilo James Bond não agradou e ficou só no piloto mesmo. Melhor sorte teve Lynda Carter, no ano seguinte, com uma série de TV fiel ao conceito original.

Enquanto isso, nos quadrinhos, já sem o artista original, H. G. Peter, as aventuras da incrível amazona foram desenhadas por feras como Ross Andru, Mike Sekowsky, Curt Swan e José Delbo. Mas em 1985 a editora DC com uma reformulação politicamente correta da “Mulher-Maravilha”, capitaneada por George Perez, sem o charme de outrora: desta vez, ficou estabelecido que ela é a reencarnação do espírito de uma criança que morreu no útero materno há quase 30.000 anos atrás, trazida à vida pelas deusas gregas para combater os planos de Ares, o Deus da Guerra. Com o passar das décadas a DC escalou outros autores (como John Byrne, Deodato e Alex Ross) para criarem mais reformulações, origens “definitivas”, “retcons” e “reboots”, mas nada deu muito certo. Ainda assim, o nome “Mulher-Maravilha” ainda era popular, fazendo com que a revista permanecesse nas prateleiras.

Houve também uma tira para jornais de curta duração (maio de 1944 a agosto de 1945 [“100 Years of Comics”, Starlog Group]), distribuido pelo King Features. No Brasil, essas tiras foram publicadas pelo jornal “O Globo”, em 1945, com o título de “Sereia do Ar”. Já a versão dos comic books (os populares gibis americanos) foi chamada de “Super-Mulher” (pela editora Orbis) e “Miss América” (EBAL). Quando a série de TV com Carter chegou ao Brasil, começou a ser chamada pelo nome que conhecemos hoje.

- Antônio Luiz Ribeiro


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