Vertigo: Além do Limiar


Taika


Títulos publicados pela Taika
A editora tem 91 títulos cadastrados no site, somando 643 edições no total.

"Taika" foi o nome adotado pela antiga editora "Outubro", em 1966, e existiu até 1978 (e não 1976, como informam algumas fontes).

Em 1959 foi criada a Continental (que tempos depois seria rebatizada como Outubro), editora que, apesar de editar histórias estrangeiras no princípio, depois só publicaria HQs de autores nacionais. Fatores como brigas entre os sócios, porém, acabaram com a empresa. O último gibi lançado com o selo Outubro chamou-se “Páginas Sinistras”, em 1966. Os sócios que assumiram a empresa com a saída da velha guarda foram obrigados a mudar o nome dela para “Editora Taika Ltda.” por causa da vitória da Abril na Justiça, que alegava ser proprietária de todos os meses do ano para nomes de editoras. O grupo liderado por Eli Lacerda e Manoel César Cassoli deu o nome de Taika em homenagem à filha de Lacerda, e manteve a tradição de publicar apenas HQB. Até o começo dos anos 70, a Taika preservou no alto de suas capas a tarja verde e amarela com a frase “Totalmente escrita e desenhada no Brasil”. Para a direção artística foi contratado, a principio, o artista Rodolfo Zalla.

Com sede no bairro paulista da Liberdade, a Taika começou os anos 70 ainda vendendo alguns títulos muito bem, caso de Drácula, mas recorrendo cada vez mais a reprises. As vendas foram caindo paulatinamente e a apresentação gráfica das revistas começou a destoar das concorrentes. As revistas da Taika estavam entre as mais pobres e feias, apesar de não serem as mais baratas. Em setembro de 1976, com o lançamento de “Kripta” (com “K”), da RGE, o terror voltou a ser um grande negócio editorial e quase todas as editoras lançaram revistas do gênero, em formatos dos mais diversos. A Taika através do selo “Edital”, tentou o sucesso lançando cinco álbuns luxuosos de Nico Rosso. Eles desapareceram em meio à enxurrada de títulos das bancas.

A Taika ainda durou mais dois anos até fechar de vez, em 1978.

Notas e fontes —
Gonçalo Junior, “Maria Erótica e o Clamor do Sexo”;
Idem, “A Guerra dos Gibis”
Toni Rodrigues, “MeMo — Revista da Memória Gráfica”



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