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Títulos publicados pela Rge
A editora tem 271 títulos cadastrados no site, somando 6607 edições no total.

Criada por Roberto Marinho em 30 de maio 1952. A Rio Gráfica Editora (RGE) fazia parte das Organizações Globo (atual Grupo Globo), embora tenha publicado revistas com o selo "Edições O Globo" do jornal de mesmo nome, Marinho não pode fundar uma editora chamada “Globo” por já haver outra editora com aquele nome. As revistas publicadas pelo selo foram transferidas para a RGE.

Só passou a se chamar assim quando Marinho adquiriu, em 1986, a gaúcha Editora Globo. Ainda como RGE, publicou durante décadas os quadrinhos da King Features (“Fantasma”, “Mandrake”, “Flash Gordon”) e os da Harvey (“Brotoeja”, “Riquinho”...).

O reinado da King na RGE começou a fraquejar em 1968 quando a editora cancelou uma série de títulos que estavam sendo preteridos pela febre dos super-heróis Marvel e DC (a chamada “Batmania”), publicados pela concorrente Ebal. Dos heróis uniformizados da RGE, só ficaram os mais populares, como “Fantasma" e “Cavaleiro Negro”. Da linha cômico-infantil, também ficaram só os populares, como “Recruta Zero” e “Riquinho”.

“Fantasma”, nos anos 60, foi o gibi mais bem sucedido de todos os tempos no Brasil. Gibi. Não estamos falando do “Suplemento” ou do “Globo Juvenil”, tablóides de custo reduzido, mas que mesmo assim talvez não vendessem igual ao “Fantasma”. Entre 1967-69, “Fantasma” vendia cerca de 200.000 exemplares por edição.

Em meados dos anos 70, a RGE adotou o formatinho para a maioria dos seus gibis. Para muitos, a decadência dos gibis de Marinho começou ali. Seguiram-se então uma série de erros, como a reformulação desnecessária da revista “Sítio do Pica-Pau Amarelo” (que provocou debandada dos artistas nacionais da casa). Em 1979, a RGE adquiriu os direitos dos heróis Marvel (“Homem-Aranha”, “Hulk”, “Quarteto Fantástico”), lançando gibis mensais destes títulos, além de alguns outros que reuniu em almanaques de periodicidade variada (com “X-Men”, “Nova”, “Mulher-Aranha”...). Assim como ocorreu no “Sítio”, essas novas HQs não eram planejadas a médio ou longo prazo, saindo a “toque de caixa”. Eram lançadas unicamente visando o bolso do leitor, que logo percebeu o descaso, fazendo as vendas caírem.

Roberto Marinho só conseguiria mudar o nome da editora para Globo em 1986, ao comprar os direitos da "Editora Globo" gaúcha.

Fonte —
JUNIOR, Gonçalo. A guerra dos quadrinhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Gr%C3%A1fica_Editora



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