Títulos publicados pela O Cruzeiro A editora tem
57 títulos cadastrados no site, somando
2185 edições no total.
Editora da influente revista “O Cruzeiro”, que começa a ser publicada em 10 de novembro de 1928, pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand.
Chateaubriand lança sua primeira revista em quadrinhos no início de 1940: “O Gury”. Na época, já havia nas bancas o “Suplemento Juvenil” de Adolfo Aizen, bem como o “Gibi” e o “Globo Juvenil” de Roberto Marinho. Para se diferenciar dos concorrentes, “O Gury” é criado em quatro cores, sendo esta a primeira com tal inovação no mercado.
Os quadrinhos de Chateaubriand passam a ser creditados à editora de “O Cruzeiro” a partir da década de 1950 (antes eram creditadas aos “Diários Associados”). A partir de novembro de 1961, as HQs da editora passaram a estampar nas capas o selo do Código de Ética. Entre seus títulos encontra-se “Pererê”, a primeira revista em quadrinhos de Ziraldo, em 1960. Com personagens tipicamente brasileiros, foi um grande sucesso na época. O Cruzeiro lança também HQs de Hanna-Barbera (“Os Flintstones”, “Os Jetsons”), “Luluzinha” e “Bolinha”, e sucessos da TV (como “Os Monstros”), entre outros. Esse gênero infantil era o forte das HQs da Cruzeiro, que conseguia superar a concorrente Ebal, que nunca teve muita sorte com HQs infantis. Enquanto a Ebal se solidificava em super-heróis — gênero que a Cruzeiro sempre foi fraca — gibis infantis eram os últimos da listas de vendas. No tempo em que a maioria dos gibis era em P&B, tudo bem. Mas a Ebal não conseguia fazer frente à Cruzeiro, que deu sorte com “Luluzinha”, “Gasparzinho” etc. Ou seja, gibis coloridos pelo mesmo preço do P&B da Ebal. Não que o colorido da Cruzeiro fosse espetacular. Na verdade, a cor e a impressão dos gibis da Cruzeiro (que era a mesma impressão usada para imprimir jornais) eram fracos — excetuando talvez a “Cruzeiro Infantil”, que era rodada em outro maquinário. A garotada lia seus gibis, pois tinham ótimos personagens infantis, mas eram um borrão só. A melhor qualidade se obteria em “offset”, que a Cruzeiro não usava. (Erico Molero)