Vertigo: Além do Limiar


Walt Disney

Títulos publicados pela Walt Disney
A editora tem 56 títulos cadastrados no site, somando 322 edições no total.

País: Estados Unidos da América

A transposição dos personagens Disney para a imprensa começou nas tiras de jornal: a tira diária do Mickey Mouse estreou em 13 de janeiro de 1930, distribuída pela King Features Syndicate — trabalho que logo teve Floyd Gottfredson como responsável artístico e de continuidade. A passagem para o formato de comic book deu-se oficialmente em outubro de 1940, com o lançamento de Walt Disney’s Comics and Stories #1, publicado pela parceria entre Western Publishing (produção) e Dell Comics (impressão/distribuição). Essas duas frentes — tiras de jornal + antologias em comic book — definiram a presença de Disney no mercado impresso americano.

Walt Disney, historicamente, licenciou seus personagens a editoras especializadas: Western Publishing (studio/produção de material) e Dell (distribuição e selo) foram os parceiros-chave das décadas de 1940–1960. A Western produzia roteiros e artes (com estúdios e freelancers como Carl Barks, Floyd Gottfredson etc.) enquanto Dell cuidava da publicação para bancas. Nas décadas seguintes essa licença foi reconfigurada: Western passou a publicar sob a marca Gold Key/Whitman (anos 1960–1980); depois houve ciclos com Gladstone, Disney Comics (quando a própria Disney tentou publicar diretamente no início dos anos 1990), Gemstone, Boom! Studios e IDW — cada um assumindo a numeração histórica em diferentes períodos.

Walt Disney’s Comics and Stories (lançado 1940) tornou-se o título-guia e é um dos quadrinhos mais long-running dos EUA. A revista chegou a vender na casa de milhões de cópias nas décadas de 1940–1950; o pico citado por fontes oficiais de Disney fala em mais de 3 milhões de exemplares de uma edição em setembro de 1952 — reflexo do apogeu da circulação nos pós-guerra.

A Era de Ouro e o apogeu de vendas mantiveram Disney entre os campeões de banca nas décadas de 1940–1950.

Nas décadas seguintes houve consolidações (Gold Key/Whitman no lugar da Dell/Western) e um enfraquecimento relativo nos EUA a partir da década de 1970; contudo, a fé pelos quadrinhos Disney permaneceu forte na Europa (Itália, Escandinávia, Alemanha), onde as revistas semanais e digests foram consistentemente populares.

Em 1990–1993 a Disney tentou operar uma imprint própria — Disney Comics (W.D. Publications, Inc.) — com forte investimento e ambição de expandir a marca nos quadrinhos americanos; no entanto, a bolha comercial daquela década, decisões editoriais e sincronismo ruim com o mercado levaram ao recuo e ao retorno de licenças a editores especializados.

Recorde de circulação: números de Walt Disney’s Comics and Stories nas décadas de 1940–1950 chegaram a circulação massiva (ex.: 3 milhões em 1952), algo próximo ao ápice do mercado de quadrinhos para crianças nos EUA.

Cenas anônimas que viraram lendas: Carl Barks trabalhou por anos sem crédito direto nas publicações; seu nome só foi reconhecido tardio, criando um fenômeno de fandom (Donaldismo) e transformando suas histórias em referência mundial.

A publicação direta nos EUA alternou entre vários contratos de licenciamento nas últimas três décadas: Gladstone, Gemstone, Boom! Studios e IDW Publishing reviveram periodicamente os títulos históricos (cada editora assumindo a numeração ou relançando séries clássicas).



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    Guia dos Quadrinhos
    em 05/03/2007 00:00:00
    Editado por Arthuro Ross