Títulos publicados pela Fantagraphics A editora tem
95 títulos cadastrados no site, somando
475 edições no total.
País: Estados Unidos da América
Especializada em quadrinhos clássicos, alternativos e graphic novels, essa editora foi fundada oficialmente em 1976, por Gary Groth e Mike Catron. Porém, antes, Groth utilizou o nome Fantagraphics em vários de seus fanzines.
No decorrer de sua turbulenta trajetória, a Fantagraphics atravessou várias dificuldades financeiras, mas, ao contrário de outros “publishers” menores, sempre deu a volta por cima, tornando-se de uma editora modesta a um nome conhecido e respeitado. Fundada em College Park, Maryland (mais tarde, a sede mudou para Seattle, Washington), o primeiro projeto da nova Fantagraphics foi adquirir a revista “The Nostalgia Journal”, nome imediatamente mudado para “The Comics Journal” que, como diz o nome, noticiava os bastidores dos quadrinhos e seus lançamentos. Ao contrário de outras publicações do tipo, que recebiam mensalão da Marvel e DC, a “Comics Journal” era uma publicação séria, abordando todo tipo de quadrinho relevante.
Em 1977, um ano após sua fundação, a Fantagraphics ganhou o reforço do editor e tradutor Kim Thompson, um fã dinamarquês endinheirado que acabara de chegar aos Estados unidos e acabou se tornando sócio da empresa. Dois anos depois, a companhia finalmente lançou sua primeira revista em quadrinhos: “The Flames of Gyro”, de Jay Disbrow.
Em 1981 a Fantagraphics lançou uma de suas revista mais conhecidas, a “Amazing Heroes” (que durou até 1992). A essa altura a Fantagraphics já era um nome conhecido do público leitor, nome este que ficou ainda mais forte quando lançou as revistas “Love and Rocket”, dos irmãos Hernandez, em 1982, e as séries “Acme Novelty Library”, “Eightball” e “Hate”.
Com Catron deixando a sociedade em 1985 (ele retornaria em 2012, mas como editor) e as dificuldades financeiras do final da década, a editora correu o risco de falir. Mas uma linha de quadrinhos pornôs lançada em 1990 salvou a firma da falência. A empresa também ganhou, em 1993, um novo sócio, Eric Reynolds, um antigo empregado que se tornou empresário.
Mas em 2003 uma nova crise quase fechou a empresa. A Fantagraphics só foi salva devido a uma reorganização interna e uma campanha de sucesso entre os fãs que passaram a comprar as revistas. Com a empresa reestruturada, começou uma nova fase com lançamentos em capa dura, como “The Complete Peanuts” (2004), graphics novels européias e a descontinuação do “Comics Journal” em 2009, que se tornara inviável com a popularização da internet.
Em 2013 a Fantagraphics sofreu um duro golpe com a morte de Thompson, devido a um câncer no pulmão. Thompson era o sócio com mais dinheiro (que tinha recebido de herança anos antes) e, sem ele, muitos títulos seriam cancelados. Mais uma vez, os fãs salvaram a Fantagraphics, colaborando com uma campanha no Kickstarter para levantar $150,000, quantia arrecadada em apenas quatro dias.
- Antônio Luiz Ribeiro
http://www.fantagraphics.com/