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Leonidas Freire - ‘Léo’



19 de novembro de 1882
11 de novembro de 1943

Lista de revistas com trabalhos de Leonidas Freire - ‘Léo’
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Nascido em São Benedito da Serra de Ibiapaba, no Ceará, em 1882, Leonidas Freire foi caricaturista e jornalista, tendo participado das principais publicações cariocas na primeira metade do século XX. De humor contestador, foi um dos fundadores do semanário "O Tico-Tico", primeira publicação em quadrinhos brasileira.

Léo, como era conhecido, veio ao Rio de Janeiro ainda jovem, e segundo relata o jornal "A Noite" do dia seguinte a sua morte, veio montado num burrico, do Ceará ao seu destino. O burrico morreu durante o percurso, mas o artista conseguiu alcançar o Rio, com apenas "uma vintena de mil réis no bolso".

Diz-se que ele foi descendente do militar português André Vidal de Negreiros que, entre seus atos heroicos, ajudou na expulsão dos holandeses de Salvador em 1624, e por conta de sua bravura tornou-se Capitão Capitão-Geral das capitanias do Maranhão, Pernambuco e Angola.

A estreia de Leonidas Freire profissionalmente foi no "Correio da Manhã". Em 1904, começa a trabalhar na revista "O Malho", como caricaturista e chargista. Entre seus desenhos, são famosas suas charges criticando a campanha contra a malária de Oswaldo Cruz, em 1905.

Foi cofundador do infantil "O Tico Tico", junto do poeta Cardoso Junior, J. Carlos, J. Ramos Lobão, Carlos Lenoir (Gil), Cicero Valladares, Raul, Augusto Rocha, Angelo Agostini, Vasco Lima, Alfredo Candido, Manoel Bonfim e Renato Castro. Notabilizou-se em fazer HQs sobre episódios da História do Brasil.

Outra publicação onde trabalhou foi no jornal " A Noite". Em 1914, o então presidente da república, Hermes da Fonseca, que declarou estado de sítio em 1910, suspendeu o jornal e Irineu Marinho, seu diretor, ficou asilado na embaixada argentina. Na ocasião, Léo financia a fuga, junto de Aryosto Duncan, do caricaturista Seth para fora da cidade do Rio.

Em 1915, em plena Primeira Guerra Mundial, mudou-se para Londres, onde viveu 8 anos escrevendo crônicas para jornais locais. Voltou ao Brasil em 1925, trabalhando como cronista e caricaturista de vários jornais e revistas. Foi nesse período que participa da fundação do jornal " A Manhã".

Foi também em 1925 que retornou ao periódico "A Noite", onde desempenhou, além de suas funções habituais, o trabalho de tradutor. Continuou nessa publicação até o ano de seu falecimento, em 1943.


Erico Molero.


Bibliografia:

AMARAL, Alexandre Souza. Vamos à vacina? - Doenças, saúde e práticas médico-sanitárias em Belém (1904-1911). Pará: Universidade Federal do Pará, 2006.

MURUCI, Lucio Picanto. Seth: um capítulo singular na caricatura brasileira. Rio de Janeiro: PUC, 2007.

"Leonidas Freire - Traços da vida desse nosso querido companheiro, ontem falecido". Jornal A Noite. 12 de novembro de 1943.

Jornal Dom Casmurro. 19 de dezembro de 1942.

"Hermes da Fonseca". In http://pt.wikipedia.org.





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    em 09/02/2013 11:18:00
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