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Brenda Starr
Nome:
Brenda Starr
Nome original:
Brenda Starr
Licenciador:
Chicago Tribune
Criado por:
Dale Messick
“Brenda Starr, reporter” é um título muito pouco conhecido entre os leitores brasileiros. Criado em 1940, para tiras e páginas dominicais, foi lançado pelo Chicago Tribune Syndicate com certa relutância, pois ninguém acreditava no seu sucesso (*). Tanto que, inicialmente, “Brenda Starr” foi relegada a um obscuro suplemento experimental do jornal, no formato de revista (com uma história completa por edição), em 30 de junho de 1940. Quando ele finalmente entrou no esquema de distribuição de páginas dominicais coloridas, foi a única série que não apresentava o selo do Tribune. Era uma historieta quase que totalmente desacreditada.
Mas o tempo provou o contrário. Em 1945, surgiu um seriado, “Brenda Starr, reporter”, com Joan Woodbury. No mesmo ano, estreiou nos jornais a versão em tiras diárias (em preto e branco). Já com mais de 70 anos de existência, “Brenda Starr” até 2010 continuava firme nos jornais americanos (o Tribune Media Services decidiu encerrar a tira em 2 de janeiro de 2011). O curioso de tudo é que o título nunca chegou a apresentar bons níveis de qualidade, seja na parte visual ou nos roteiros. Sua popularidade, o que o manteve vivo até hoje, é um tanto difícil de explicar.
Outra curiosidade sobre “Brenda Starr” é o fato da obra ter sido sempre feita por mulheres. Dale Messick criou-a e ficou com ela praticamente o tempo todo. Há poucos anos, já cansada do trabalho e querendo se aposentar, deixou “Brenda Starr” para Linda Sutter, (roteiros) e Ramona Fradon (desenhos), duas mulheres.
Se formos verificar, são raras as histórias em quadrinhos, com personagens principais femininas, escritas e desenhadas por mulheres. São sempre homens (desenhistas e escritores) que criam suas heroínas e modelam-nas de acordo com sua própria visão.
Exemplos típicos disso podem ser encontrados em obras como “Modesty Blaise”, “Axa”, “Long Sam”, “Juliet Jones”, “Mary Perkins”, “Connie”, “Robin Malone”, “Male Call” e muitas outras.
Além de “Brenda Starr”, outra exceção ao domínio masculino é a tira inglesa “Tiffany Jones”, escrita por Jenny Butterworth e desenhada por Pat Tourret, duas mulheres que, desde o início, souberam imprimir um toque realmente feminino na sua obra. (*)
Na trama, Brenda trabalha para o jornal “The Flash”, vivendo aventuras profissionais e amorosas. Os personagens coadjuvantes da historieta eram o editor do “The Flash”, Muggs Walters, o fotógrafo boa pinta Tom Taylor, o “copy boy” Pesky Miller e a encrenqueira Daphne. Os dois primeiros foram substituídos mais tarde pelo editor Atwell Livwright e Basil St. John. Este último é seu interesse romântico, com quem ela se casou em 1976. E naquele mesmo ano de 1976, surgiu um telefilme com Jill St. John (que fora vilã nos filmes de “Batman” e “James Bond”). Três anos depois, tentou-se um novo piloto para a TV, desta vez com Sherry Jackson, que acabou não dando certo. Em 1989 veio um filme para o cinema, com Brooke Shields como Brenda e o 007 Timothy Dalton como Basil St. John, mas que só estreiou nos Estados Unidos em 1992, devido a problemas com direitos autorais.
(*) Luiz Antônio Sampaio, revista “Calafrio” nº 31, nov. 1986.
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Adicionado por
Antônio Luiz Ribeiro
em 20/01/2008 19:27:00
Editado por
Antônio Luiz Ribeiro
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